jeanyvesolichon

11-JEAN YVES OLICHON

Fundador e primeiro Diretor da

COMUNIDADE DE EMAÚS DO BRASIL

Free CounterVISITE NOSSA LOJA VIRTUAL

E-COMMERCE

O FRANCES DURÃO

ASSIM ERA CONHECIDO JEAN YVES OLICHON

FUNDADOR E DIRETOR DA COMUNIDADE DE EMAÚS DO BRASIL

conjunto Arquitetonico desenvolvidos pelos internos de Emaús, sob o comando de

Jean Yves Olichion

Obituário de JEAN YVES OLICHON

JEAN YVES, DON HERDER CAMARA E ABB PIERRE NA

OFICINA DE MINIATURA DA COMUNIDADE DE EMÁUS

JEAN YVES E DOM EUGENIO SALES NA COMERAÇÃO DE 20 ANOS DE EMAÚS

JEAN YVES E CAMINHÃO DE BRINQUEDOS DE EMAÚS

COMO CONHECI JEAN YVES OLICHON

ABB PIERRE E JEAN YVES OLICHON, NA OFICINA DE SOLDADOS DE CHUMBO, NA COMUNIDADE DE EMAÚS

----------------------------------------------------------

OBITUÁRIO

DO JORNAL O GLOBO DE SÁBADO, 11 DE MAIO DE 1996

-----------------------------------------

JEAN YVES OLICHON, 81, LIDER DA EMAÚS

ERA CONHECIDO COMO UM HOMEM ENÉRGICO, MAS SEU CORAÇÃO ERA PURA SOLIDARIEDADE. ENGENHEIRO NUCLEAR E OFICIAL DO EXÉRCITO FRÂNCES COM DESTACADA PARTICIPAÇÃO NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, JEAN YVES OLICHON VEIO PARA O BRASIL EM 1963 PARA SER O "FRANCES DURÃO", QUE FUNDOU E DIRIGIU DURANTE 30 ANOS A COMUNIDADE DE EMAÚS DO BRASIL OLICHON QUE OS INTERNOS DA COMUNIDADE CHAMAVAM COM CARINHO E RESPEITO DE "FRANCÊS DURÃO" MORREU SEGUNDA FEIRA, AOS 81 ANOS , DE ENFARTE, EM PETRÓPOLIS, ONDE MORAVA.

OLICHON CONHECEU O ABADE PIERRE, QUE FUNDOU O MOVIMENTO NA FRANÇA, EM FINS DOS ANOS 50- POR MEIO DE UMA PRIMA SUA, UMA ABADESSA BENEDITINA QUE LHE DISSERA QUE O ABADE OU ESTAVA LOUCO OU VIRADO COMINISTA. PREOCUPADO, FOI ATÉ A CASA DELE VER O QUE SE PASSAVA COM O HOMEM QUE RECOLHIA MENDIGOS E ABRIGAVA LADRÕES E BÊBADOS PARA LHES DAR COMIDA, ROUPA E ENSINAR UMA PROFISSÃO. OLICHON SE APAIXONOU PELO TRABALHO E FICOU.

OS ECOS DO TRABALHO DO ABADE PIERRE CHEGARAM AOS OUVIDOS DE DOM HÉLDER CÂMARA, O FUNDADOR DO BANCO DA PROVIDÊNCIA, E, NA ÉPOCA, 1963, BISPO-AUXILIAR DO RIO DE JANEIRO, ELE ESCREVEU AO ABADE E ESTE MANDOU OLICHON PARA O RIO, PARA FUNDAR O MOVIMENTO, QUE COMPLETOU 33 ANOS DE SERVIÇOS NA RECUPERAÇÃO DOS HOMENS MARGINALIZADOS.

O FRANCÊS NÃO DESANIMOU QUANDO VIU O POUCO QUE TINHA PARA COMEÇAR A COMUNIDADE DE EMAÚS DO BRASIL: UM TERRENO PANTANOSO COM UM BARRACO, EM CORDOVIL, ONDE COMEÇOU A TRABALHAR NAQUELE MESMO DIA, COM A AJUDA DE QUATRO MENDIGOS QUE CATAVAM LIXO NO LOCAL.TEMPOS DEPOIS , A COMUNIDADE JÁ TINHA 20 OFICINAS DE TRABALHO,RECEBENDO DESOCUPADOS, DESEMPREGADOS, DROGADOS, ALCOÓLATRAS, EX-PRECIDIÁIOS. OLICHON, CARIOCA HONORÁRIO DESTE 1978, DEIXOU A DIREÇÃO DA COMUNIDADE A TRÊS ANOS , QUANDO COMEÇOU A ATER PROBLEMAS DE SAÚDE. CASADO TINHA TRÊS FILHOS.

----------------------------------------------------------

Um certo dia em 1981, fui visitar meu amigo e meu dentista Ronaldo Dias Paiva, e chegando lá ele estava de saÍda e perguntou se eu queria conhecer um lugar diferente, respondi que sim , e fomos parar na Comunidade de Emaús do Brasil, em Cordovil, órgão do Banco da Providência, ligado a Arquidiocese do Rio de Janeiro. meu amigo Ronaldo, prestava serviço em um dia da semana para cuidar dos internos da comunidade.

là chegando, fiquei impressionado com a organização da Comunidade, a construção parecia de um quartel, e a disciplina idem pois na época tinha uns 400 internos e só se via poucos transitando pelos pátios internos, existiam mais 22 oficinas das mais variadas ocupações, podemos ver nos pequenos jornais que eram produzidos a cada ano na gráfica da propria comunidade , que era uma das oficinas escola, que produziam trabalhos de qualidade, tanto para o proprio Banco da Providência, como tambem para o publico em geral.

Imagens da Oficina de prótese dentária, desenvolvida na Comunidade de Emaús, coordenada por Dr. Ronaldo Dias Paiva que vemos ao fundo com uma turma de internos, que produzia protese para os proprios comunitários.

Meu amigo Dr. Ronaldo Paiva,foi quem me apresentou ao Jean Yves, pois dedicava um dia da semana prestando serviço a Comunidade.

Poderei dizer que o Diretor de Emaús, não só colocava eixo nos internos da Comunidade, mas também nos participantes, aprendi muito com o velho Francês Durão, conversava muito para saber sobre a sua experiência de vida, na França ainda mais na participação da 2 guerra, sendo ele filho de Saint Malo terra de corsários, não escondia sua paixão pelo mar, contava por horas as histórias de sua cidade natal e de sua família, sobre seu aquario de água salgada e as experiências vividas nas aguas de Angra dos Reis, aonde tinha uma residência. Os comunitários de Emaús não entendiam o porque ficávamos horas conversando a porta fechada, o respeito era tão grande que ninquém nos incomodava, e a dúvida ficava sempre no ar, quem é esta pessoa estranha que ocupa o Sr. Diretor tanto tempo, o que falam? ficava sempre um grande ponto de interrogação?????

Construída em 1869 por ordem do rei Luís XIV, a fortificação protegia Saint-Malo de ataques vindos do mar. E proteção era algo fundamental, já que a chamada "cidade corsário" era sede dos navios oficiais responsáveis por perseguir e destruir embarcações inimigas. Grandes batalhas, principalmente contra os piratas ingleses, foram travadas em sua costa

Conversavamos tambem sobre a 2ª guerra mundial, a experiência vivida por êle na resistência Francesa, seu relacionamento com seu amigo Charles De Gaulle, Chefe da Resistência,

e como êle convocava prisioneiros e conquistava sua confiança para lutarem e serem heróis da resistência, me impresionava pois o trabalho que êle desenvolvia em Emaús, não era diferente da época de guerra. Os homens que viviam na Comnunidade tinham o mesmo rcomportamento e respeito dos homens da guerra, aprendi com Jean Yves Olichon, que o respeito humano é fundamental para qualquer relacionamento, que devemos ajudar aqueles que merecem ser ajudados, aprender a falar não, positivamente, e tratar todos como iguais.

Mas a conversa mais interresante era sobre a realidade do momento,ficava impresionado com a memoria dele, pois chamava cada um dos mais de 400 homens pelo nome, e sabia a história de vida de cada um deles, com a experiência de vários anos em guerra, aonde os homens não poderiam de forma alguma esconder sua natureza, e também a vivencia que teve por vários anos, na coordenação do programa de restruturação dos campos de refugiado da Austria , com milhares de pessoas acampadas em barraca de lonas, tinham que fazer o cadastro de todos e com estas mesmas pessoas desenvolver a partir do nada uma cidade paralela ao campo de refugiados que acolia o pessoal da cortina de ferro.

Em emaús Jean Yves chegava todos os dias as 5 hrs da manhã, e saia depois do almoço as 2 hrs da tarde.horários sagrados eram asprimeiras horas na comunidade, pois lia todas as correspondencia interna, pois qualquer um dos comunitários, poderiam sugerir ou se defender de alguma injustiça colocando uma carta para o diretor na caixa de sugestão, o unico item que êle fazia questão era da identificação de quem estava escrevendo. as cartas sem assinatura êle descobria o autor pela caligrafia, pois quando um homem chegava na comunidade, vindo de qualquer um dos meios /possíveis, tinha antes de entrar na comunidade, ter uma entrevista particular com o Diretor, com isto êle possuia um arquivo com a história pessoal de cada homem e a caligrafia,. com seu afastamento por motivo de doença , o diretor eliminou seu arquivo pessoal.

Convivi com Jean Yves Olichon, do ano de 1981 até seu afastamento de Emaús em 1996.

VISITE NOSSA LOJA VIRTUAL

E-COMMERCE

01-primeira pagina

02-Desafio

03-Brinquedos antigos

04-O aprendiz

05-Feiras de artesanatos

06-Eventos

07-Atelier de miniaturas

08-Peças do |Museu de trasnsporte

09-Peças

10-VOCÊ ESTA AQUI

11-Como conheci Emaús

12- ABB Pierre